A recente reportagem que analisa a realidade dos lares em Portugal expõe dados que não podem ser ignorados: 75% dos idosos com demência não saem à rua , mais de metade apresenta défice cognitivo e 28% nunca recebem visitas dos próprios filhos . São números que, mais do que estatísticas, representam vidas isoladas, rotinas empobrecidas e um sistema que luta para dar resposta às necessidades crescentes da população envelhecida. A demência, ao contrário de muitas outras condições, exige cuidados específicos, presença humana, estimulação cognitiva, segurança e, acima de tudo, uma abordagem centrada na pessoa . Quando estes requisitos falham, as consequências são profundas: regressão funcional acelerada, maior agitação, perda de autonomia e deterioração emocional. Um retrato que exige ação imediata A reportagem revela uma realidade que muitos profissionais e familiares já conhecem bem: Muitos idosos passam dias inteiros sentados , sem atividades estruturadas. A estimulação co...
A diabetes é uma das doenças crónicas mais comuns na população idosa, afetando significativamente a saúde, a autonomia e o bem-estar. Com o aumento da esperança de vida, cresce também o número de pessoas com mais de 65 anos que vivem com esta condição, o que torna essencial compreender os seus desafios específicos e garantir cuidados adequados para esta fase da vida. Por que a diabetes é tão comum entre os idosos? Com o envelhecimento, o organismo passa por diversas alterações que contribuem para o aumento do risco de desenvolver diabetes tipo 2, entre elas: Redução da sensibilidade à insulina ; Aumento da gordura corporal , especialmente abdominal; Diminuição da atividade física ; Alterações hormonais associadas ao envelhecimento ; Presença de outras doenças crónicas , como hipertensão ou dislipidemia. Além disso, muitos idosos foram diagnosticados em idades mais jovens e continuam a viver com diabetes ao longo de vários anos, o que requer uma gestão contínua e aj...